¡No temais!

O livro de Josué é, em geral, o relato do povo israelita, com Josué como seu líder, na conquista da terra que lhes havia sido prometida. Uma terra de leite e mel.

Conheça o propósito de Deus

Como lembramos, essa tomada ou conquista da terra foi adiada por várias décadas devido à rebeldia e dureza de coração do povo que havia deixado o Egito. Moisés também foi culpado de rebelião por bater na rocha para fornecer água, em vez de falar com ela como Jeová havia instruído. A consequência foi que toda aquela geração e seu líder não entraram na terra. Apesar das súplicas de Moisés a seu Deus, ele só permitiu que ele visse a terra à distância pouco antes de morrer.

Foi preciso um novo líder, Josué, cujo nome significa “O Senhor Salva” ou “O Senhor Dá a Vitória” para realizar a campanha militar para subjugar e destruir os povos que habitavam a terra que Deus havia prometido ao Seu povo.

Depois de conquistar e destruir Jericó e Ai, matando seus reis, os israelitas fizeram paz com os habitantes de Gibeão por meio de um engano que eles haviam perpetrado contra eles. Assim, o capítulo 10 continua o relato da campanha na região central e nas cidades do sul. Cinco reis dos amorreus, o rei de Jerusalém, Hebrom, Carte, Laquis e Eglom, reuniram-se para atacar Gibeão. Mas eles pediram ajuda a seus novos aliados, os israelitas.

Josué e seu exército se prepararam para a batalha, recebendo esta exortação de Jeová:

v. 8 “Não tenha medo deles…”

E guardando Sua palavra, Deus lhes deu uma grande vitória. A pedido de Josué, ele até lhes deu um sinal milagroso:

Ele parou o sol no meio do céu e não se apressou em pôr um dia inteiro para que o exército de Israel tivesse tempo de derrotar seus inimigos.

Esta exortação ou variante dela, “Não temas”, foi feita por Jeová a Josué em várias ocasiões para dar-lhe a certeza e a confiança de que o próprio Deus estava com eles e que Ele lutaria suas batalhas:

  • Josué 1:9 “Não tenha medo nem se espante…”
  • Josué 8:1 “Não tenha medo nem se espante…”
  • Josué 10:25 “Não tenha medo, nem tenha medo…”
  • Josué 11:6 “Não tenha medo…”

Esta é uma exortação muito apropriada para os dias em que vivemos e em que há muito medo das coisas que estão por vir no mundo.

As Escrituras, que contêm o plano de Deus para o homem e para esta terra, são baseadas em promessas incondicionais que Ele fez aos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó. E esta é a rocha sobre a qual se baseia a nossa confiança de que, aconteça o que acontecer individualmente a cada um de nós, crentes, onde quer que vivamos no mundo, o nosso olhar está firmemente fixo no último que virá.

Por meio da fé que adquirimos ao ouvir o chamado, conhecer o propósito de Deus, ser batizados e nos tornar um novo homem, agora permanecemos firmes nesse caminho que nos levará a receber nossa recompensa.

Cada um de nós travou muitas batalhas ao longo dos nossos dias, e assim será até que Jeová, nosso Deus, nos chame e receba nosso espírito. Os sofrimentos e tristezas desta vida não são comparados às coisas que Deus preparou para aqueles de nós que perseverarão até o fim no caminho a seguir.

Mas, como está escrito: ‘O olho não viu, nem o ouvido ouviu, nem subiu ao coração do homem, são as que Deus preparou para aqueles que o amam.'” (1 Coríntios 2:9)

– Manny C

E em que tudo isso vai terminar?

Ontem fizemos planos. Ontem tínhamos intenções. Hoje, esse ontem desapareceu e, em seu lugar, surgiu diante de nós outro horizonte – um horizonte imprevisível, sob suspense… Com medo, nos perguntamos – e onde tudo isso vai parar?

Quando a cortina do nosso mundo se abre em Gênesis 1, tudo começa muito bem. Deus se apresenta como um Deus de ordem, criando um espaço no qual todas as coisas têm seu lugar, seu papel e seu propósito. O único Deus Todo-Poderoso formou do nada um universo de beleza, harmonia e abundância.

Não haverá mais morte nem choro

Mas se de Gênesis formos direto para o final do livro, em Apocalipse 21 lemos: “Aqui, entre os seres humanos, está a morada de Deus!

“Aqui, entre os seres humanos, está a morada de Deus! Ele se acampará no meio deles, e eles serão o seu povo; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem luto, nem grito, nem clamor, nem dor, porque as primeiras coisas deixaram de existir… A quem tiver sede, darei de beber de graça da fonte da água da vida. Aquele que for vitorioso herdará tudo isso, e eu serei o seu Deus e ele será meu filho.

Como é empolgante esperar por um futuro em que Deus habitará entre nós, em que beberemos livremente da água da vida!

Mas, ao mesmo tempo, nos perguntamos: “O que aconteceu…? Como é possível que da harmonia e da beleza semeadas no início de tudo tenha surgido essa colheita de lágrimas, morte, choro e dor…?

A Bíblia é a história da jornada da humanidade da inocência ao conhecimento, do conhecimento ao fracasso, do fracasso à redenção e da redenção à nova vida.

Essa também é a nossa história pessoal.

A Bíblia tem persistido no centro dos lares de incontáveis milhares de pessoas por mais de 3.000 anos porque, ao lê-la, reconhecemos universalmente, no âmago de nosso ser, que ela é a Verdade. Não apenas “verdade” no sentido de ser historicamente precisa, de se referir a lugares e pessoas que realmente existiram, de resumir uma série de “doutrinas” corretas – mas Verdade em um sentido muito mais total, abrangendo essas coisas e muito, muito mais. A Bíblia é a Verdade no sentido de que trata das realidades mais profundas de nossa existência como somente o inventor, criador e autor da própria vida poderia fazer.

E uma das verdades que aprendemos a aceitar com o passar dos anos é que a experiência, a sabedoria e a maturidade são conquistadas com lágrimas e suor. Não há outra maneira. Com o passar dos anos, acabamos reconhecendo que as coisas que realmente têm valor profundo – paciência, amor, tolerância, humildade, gentileza, generosidade – são características que são reveladas e purificadas somente sob o fogo da provação.

O conforto da Bíblia é que ela reconhece plena e francamente as duras realidades de nossa existência e nos assegura que elas não são permanentes. Não nos surpreendamos com o fato de a vida ser difícil e a injustiça ser nossa companheira constante, pois o evento central do texto – o centro da própria história! – é o assassinato cruel da única pessoa perfeitamente amorosa e justa que já existiu.

Mas a justiça de Deus não permitiu que aquele homem permanecesse morto, e ele ressuscitou do túmulo para uma nova vida sem limites. E a graça de Deus permite que nos apossemos dele para sermos salvos também.

Em que tudo isso terminará…? Terminará em um mundo sem lágrimas, sem choro, sem lamentação, sem luto, sem dor. Um mundo no qual Deus caminha diariamente entre nós.

Confiemos que tudo isso tem um propósito e que, se permanecermos firmes, no final dos tempos todos nós entenderemos.

Kevin H